Do Livro do Profeta
Ezequiel:
“Olhei, e eis que um vento
tempestuoso vinha do norte,
uma grande nuvem, com um
fogo que emitia de contínuo
labaredas, e um resplendor
ao redor dela; e do meio do
fogo
saía uma coisa como o
brilho de âmbar. E do meio
dela
saía a semelhança de
quatro seres viventes. E
esta era a sua aparência:
tinham a semelhança de
homem; cada um tinha quatro
rostos, como também
cada um
deles quatro asas. E
as suas pernas eram
retas;
e as plantas dos seus pés
como a planta do pé dum
bezerro; e luziam como o
brilho de bronze polido. E
tinham mãos de homem debaixo
das suas asas, aos quatro
lados; e todos quatro tinham
seus rostos e suas asas
assim: Uniam-se as
suas
asas uma
à outra; eles não se viravam
quando andavam; cada qual
andava para adiante de si; e
a semelhança dos seus rostos
era como o rosto de homem; e
à mão direita todos os
quatro tinham o rosto de
leão, e à mão esquerda todos
os quatro tinham o rosto de
boi; e também tinham todos
os
quatro
o
rosto de águia; assim eram
os seus rostos. As suas asas
estavam estendidas em cima;
cada qual tinha duas asas
que tocavam às de outro; e
duas cobriam os corpos
deles. E cada qual andava
para adiante de si; para
onde o espírito havia de ir,
iam; não se viravam quando
andavam. No meio dos seres
viventes havia uma coisa
semelhante a ardentes brasas
de fogo, ou a tochas que se
moviam por entre os seres
viventes; e o fogo
resplandecia, e do fogo
saíam
relâmpagos. E os seres
viventes corriam, saindo e
voltando à semelhança dum
raio. Ora, eu olhei para os
seres viventes, e vi rodas
sobre a terra junto aos
seres viventes, uma para
cada um dos seus quatro
rostos. O aspecto das rodas,
e a obra delas, era como o
brilho de
crisólita; e as
quatro tinham uma mesma
semelhança; e era o seu
aspecto, e a sua obra, como
se estivera uma roda no meio
de outra roda. Andando elas,
iam em qualquer das quatro
direcções sem se virarem
quando andavam. Estas rodas
eram altas e formidáveis; e
as quatro tinham as suas
cambotas cheias de olhos ao
redor. E quando andavam os
seres viventes, andavam as
rodas ao lado deles; e
quando os seres viventes se
elevavam da terra,
elevavam-se também as rodas.
Para onde o espírito queria
ir, iam eles, mesmo para
onde o espírito tinha de ir;
e as rodas se elevavam ao
lado deles; porque o
espírito do ser vivente
estava nas rodas. Quando
aqueles andavam, andavam
estas; e quando aqueles
paravam, paravam estas; e
quando aqueles se elevavam
da terra, elevavam-se também
as rodas ao lado deles;
porque o espírito do ser
vivente estava nas rodas. E
por cima das cabeças dos
seres viventes havia uma
semelhança de firmamento,
como o brilho de cristal
terrível, estendido por
cima, sobre a sua cabeça. E
debaixo do firmamento
estavam as suas asas
direitas, uma em direcção à
outra; cada um tinha duas
que lhe cobriam o corpo dum
lado, e cada um tinha outras
duas que o cobriam doutro
lado. E quando eles andavam,
eu ouvia o ruído das suas
asas, como o ruído de muitas
águas, como a voz do
Omnipotente, o ruído de
tumulto como o ruído dum
exército; e, parando eles,
abaixavam as suas asas. E
ouvia-se uma voz por cima do
firmamento, que estava por
cima das suas cabeças;
parando eles, abaixavam as
suas asas. E sobre o
firmamento, que estava por
cima das suas cabeças, havia
uma semelhança de trono,
como a aparência duma
safira; e sobre a semelhança
do trono havia como que a
semelhança dum homem, no
alto, sobre ele. E vi como o
brilho de âmbar, como o
aspecto do fogo pelo
interior dele ao redor desde
a semelhança dos seus
lombos, e daí para cima; e,
desde a semelhança dos seus
lombos, e daí para baixo, vi
como a semelhança de fogo, e
havia um resplendor ao redor
dele. Como o aspecto do arco
que aparece na nuvem no dia
da chuva, assim era o
aspecto do resplendor em
redor. Este era o aspecto da
semelhança da glória do
Senhor; e, vendo isso,
caí
com o rosto em terra, e ouvi
uma voz de quem falava.”
A nuvem, que é, na maior
parte das vezes, descrita
como uma “nuvem ardente”,
não poderia ter sido uma
astronave brilhante, como um
disco-voador
? Vestígios de
atomização, encontram-se um
pouco por todo o lado, como
fez o norte-americano
William
Walker, explorando o
deserto de
Mojave
(13), no sueste da
Califórnia, e, mais
especialmente, o terrível
“Vale da Morte”. Foi em
1850, e não podia pensar nos
efeitos de uma explosão
nuclear. Descobriu vestígios
de cidades destruídas e
traços de “erupção
vulcânica, com blocos
carbonizados ou
vitrificados, atestando a
passagem de uma calamidade
terrível”. Encontrou “ruínas
de construções ciclópicas,
parecendo sair de uma
fornalhas”, e teve a
impressão de que “a própria
rocha tinha sinais de
fusão”. Os índios da região
foram incapazes de o
informarem acerca do que se
tinha passado. Recordações
de astronaves não faltam em
várias literaturas, nem nos
textos bíblicos relativos a
uma época que pertence à
nossa História: trata-se do
Profeta Ezequiel, que viveu
há vinte e cinco séculos. É
conhecida a sua célebre
“visão” e pode ler com
espanto essa descrição: “Um
turbilhão de vento que vinha
do lado do norte, e uma
grassa nuvem e um fogo que o
rodeava, e uma luz que
deslumbrava em todo o redor;
e, no meio, havia uma
espécie de metal brilhante
…”. Isto assemelha-se muito
ao que todos os dias lemos
à cerca
dos
discos-voadores.
Nessa máquina, havia
figuras, que o Profeta tão
depressa chama animais, como
querubins, como homens.
(013): Deserto de
Mojave
-
Fonte:
Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Deserto de
Mojave
é o nome dado a parte mais
elevada do Deserto da
Califórnia, sendo que o
Deserto de Sonora
corresponde a sua parte
baixa.
Esse deserto possui clima
bastante hostil e abriga
formações geológicas
famosas, como o Vale da
Morte, com seus leitos de
lagos secos e cheios de sal.
Nesse deserto também está
alocado o maior cemitério de
aviões do mundo, que
consiste em um depósito onde
grandes jactos das empresas
aéreas de todo o mundo ficam
aguardando para serem
desmontados para
aproveitamento de seus
materiais recicláveis. O
deserto tem esse nome devido
a grande predominância de
cobras
Mojave, um tipo de
cobra-cascavel.
Estudo dos extraterrestres
com base em suas
características
morfológicas. Como
são e como se comunicam,
segundo o ponto de vista
humano.
Autor: Reinaldo
Stabolito.
Estudos e investigações
minuciosas podem ser
realizadas, longe de
fantasias ou simples
divagações. Ao abordarmos
uma tentativa de
classificação dos
tripulantes dos
UFOs,
entramos num campo minado.
Sem dúvida, essa temática é
uma das mais controversas na
Ufologia.
Basicamente, não há
quaisquer provas concretas
dos dados. Estamos lidando
exclusivamente com
depoimentos de testemunhas
que são, por definição,
subjectivos e vulneráveis a
uma série de variáveis e
distorções, como podemos
verificar na última parte
deste artigo. Isto nos leva,
incondicionalmente, para
premissas que podem ou não
ser correctas com a
realidade do Fenómeno UFO.
Poucos pesquisadores de
renome do circuito
internacional ousaram uma
tentativa de classificação
dos supostos tripulantes dos
UFOs.
Entre eles, podemos citar um
estudo sobre os pilotos
dessas máquinas realizado
pelo doutor Jacques
Vallée,
em 1964.
Segundo o trabalho de
Vallée,
podem se estabelecer
basicamente três grupos de
ocupantes diferenciados. De
100 seres descritos em 80
incidentes compilados pelo
estudioso, quatro foram
considerados “gigantes”, 52
foram qualificados como
“iguais aos homens” e 44
eram “anões”. Outros
trabalhos destacados pelos
métodos científicos
empregados na análise dos
tripulantes de
UFOs
são os de
Geneviece
Vanquelef, dedicado à
relação de aparência e
comportamento dos seres, o
de G.
Edwards, relativo à
fonética e linguagem que
empregavam, e do espanhol
Vicente Juan
Ballester Olmos, que
oferece o panorama dos
encontros com tripulantes de
UFOs
que foram recompilados pelos
investigadores ibéricos.
Mas, até hoje, o estudo
científico mais completo na
área é o do brasileiro
Jader
Pereira, que catalogou 230
casos de contactos entre
humanos e seres
extraterrestres. Embora
apresente defeitos de
método,
Jader Pereira
estabeleceu pautas para uma
classificação básica dos
diferentes humanóides,
obedecendo especialmente às
características de forma
física dos mesmos. Segundo
seu estudo, há 12 categorias
básicas, com 23 variações. E
conforme seus critérios,
cinco pontos distintos
serviram como indicadores da
credibilidade dos casos que
analisou: (a) Número de
testemunhas; (b) Conceito
das testemunhas; (c) Outras
testemunhas do avistamento
somente do UFO, supondo que
esteja relacionado com o
avistamento do humanóide;
(d) Evidências posteriores,
tais como marcas no solo,
radioactividade
etc.;
(e) Finalmente, nível da
investigação realizada. Com
a classificação cumprindo
esses critérios,
Jader
Pereira centrou sua atenção
em pontos que considerou
críticos para determinar as
categorias dos seres. Entre
os pontos, estava a
utilização de equipamentos
protectores, como escafandro
e máscaras, as
características métricas dos
seres, suas aparentes formas
anatómicas e seus
comportamentos. Por exemplo,
Jader
Pereira entendeu que os
seres que eram parecidos com
humanos, inclusive em altura
e aspecto facial, a tal
ponto de poderem passar
despercebidos no meio da
multidão, seriam
classificados como do Tipo
01. No entanto, frente a uma
casuística multifacetada,
Jader
Pereira dividiu este tipo em
três variações: aqueles que
se aproximam da testemunha,
os que se mantêm à distância
e, ainda, aqueles que
costumam ser mais altos que
os humanos (acima de dois
metros) e também se mantêm à
distância. Esta última
variação apresenta
ETs
portando roupas justas,
luminosas e, ainda, uma arma
em forma de esfera de luz.
Já a classificação do Tipo
02 do pesquisador seria
idêntica a do Tipo 01,
também com três variações,
mudando apenas no fato que
os humanóides teriam pequena
estatura. Em suma,
Jader
Pereira constituiu uma
infinidade de tipologias
distintas.
Diversidade de civilizações
— Num primeiro momento, essa
excessiva variedade de
formas dos tripulantes dos
UFOs
parece ser um indicador de
que estamos diante de muitas
civilizações diferentes
entre si, que estariam nos
visitando. O veterano
ufólogo
francês
Aimé
Michel
comentou, em certa
oportunidade, que a
diversificação de formas
observadas na anatomia dos
humanóides requeria uma
multiplicidade de origens.
Porém, até certo ponto,
temos um padrão mesmo nesta
diversidade: a constituição
anatómica dos seres é, na
maioria esmagadora das
vezes, humanóide. Ou seja,
eles têm cabeça, tronco e
membros. Muitas vezes com
uma infinidade de variações
em determinadas
características de seus
corpos – como cor de pele e
estaturas diversas. Mesmo
assim, seres com tais
diferenças podem ser de uma
mesma espécie. Nós, os Homo
sapiens
sapiens, também
apresentamos uma infinidade
de variações. Somos brancos,
negros, pardos, amarelos
etc. Também temos indivíduos
que são de estatura alta,
outros de estatura baixa e
até anões. Alguns membros de
nossa raça que são magros e
outros que são gordos. No
entanto, todos somos seres
humanos. Esse talvez seja um
dos elementos de suma
importância nesta análise, e
que parece ter sido ignorado
no estudo de
Jader
Pereira. A possível
diversidade anatómica que
pode existir entre membros
de uma mesma forma de vida,
sendo desnecessário
classificá-los um a um. Essa
questão fez com que seu
estudo fique impraticável,
uma vez que há uma
infinidade de classificações
tornando seu uso nada
pragmático e viável.
O Centro Brasileiro de
Pesquisas de Discos Voadores
(CBPDV) publicou um trabalho
em 1991, através da fase
anterior de sua
coleção
Biblioteca UFO. Também não
há como não mencionar que
existem critérios que são um
tanto duvidosos no estudo de
Jader
Pereira, como classificar um
humanóide numa nova
categoria pelo simples fato
deste estar usando cabelos
compridos. É o caso do Tipo
03, que também tem três
variações subsequentes.
Esse elemento é realmente
relevante? Um ser humano que
usa cabelos compridos merece
estar em uma nova categoria
num estudo voltado
principalmente para as
características anatómicas?
No nosso caso, dos
terrestres, isso é uma mera
questão de estética
individual. Assim, algumas
premissas usadas para
realizar a classificação do
estudo de
Jader
Pereira são bastante
discutíveis. Mas mesmo com
método questionável, não se
pode negar que
Jader
Pereira foi um pioneiro no
assunto, tornando-se
inclusive referência
internacional.
Deixando temporariamente de
lado as possíveis
diversidades anatómicas que
uma forma de vida pode
comportar, vamos buscar um
parâmetro mais generalizado
para analisá-las. Um método
mais pragmático e compatível
com a classificação da
casuística actualmente. O
co-editor de UFO
Claudeir Covo
realizou uma interessante
classificação da tipologia
dos humanóides
extraterrestres, com base na
frequência estimada com que
cada categoria aparece na
casuística
ufológica, publicada
no site do Instituto
Nacional de Investigação de
Fenómenos Aeroespaciais (INFA)
determinou seis categorias
distintas – Alfa, Beta,
Gama, Delta, Ómega e Sigma
–, sendo que a generalização
é o conceito básico que
pressupõe a admissão de uma
vasta variedade de formas
numa mesma categoria. É
sempre importante lembrar
que estamos trabalhando com
elementos especulativos e
dedutivos quando se estuda a
morfologia dos humanóides
extraterrestres. Mas nada
impede que existam alguns
casos onde tal ser não se
enquadre em nenhuma das
categorias de uma dada
classificação, como a de
Covo. Estas são excepções à
regra. Mas, de um modo
geral, e assumindo a
possibilidade de uma enorme
diversidade anatómica da
mesma forma de vida, a
classificação descrita
parece ser até agora o
instrumento mais compatível
e aplicável.
Um exemplo de excepção à
regra é um caso clássico da
casuística
ufológica brasileira
e que envolve um ser
descrito como ciclope, do
clássico Caso Sagrada
Família, ocorrido em 28 de
Agosto de 1963, no bairro de
mesmo nome da cidade de Belo
Horizonte (MG). Nesta
ocorrência, os meninos
Fernando, Ronaldo e José
Marcos Gomes Vidal estavam
no quintal de casa quando um
UFO esférico e transparente
ficou flutuando sobre o
local. Devido à sua
transparência, era possível
se ver quatro alienígenas no
interior da nave, que eram
bastante parecidos connosco
se não fosse um detalhe
curioso: em vez de dois
olhos, tinham um único olho
no meio da testa.
Subitamente, o objecto
lançou dois feixes de luz
amarela para baixo, formando
duas colunas de luz, através
da quais desceu um dos
alienígenas flutuando
lentamente. Houve uma
tentativa de contacto
através de gestos e palavras
inteligíveis e, ainda, um
dos meninos tentou jogar uma
pedra no ser. No entanto, um
feixe de luz projectado pela
criatura impediu que esse
ato de agressão fosse
concluído. E o
extraterrestre permaneceu
lá, diante dos três meninos,
falando sem parar num idioma
totalmente incompreensível.
Neste momento, os garotos
puderam observar bem o
alienígena, que tinha um
único olho no meio da testa,
grande, escuro, sem a parte
branca (esclerótica) e na
base do nariz. Havia um
risco que parecia ser a
pupila, que se destacava por
ser mais escuro e, sobre o
olho, uma mancha que parecia
ser a sobrancelha. O rosto
era todo vermelho e foi
possível perceber alguns
dentes, conforme o
alienígena abria a boca
enquanto falava o estranho
idioma. Ele tinha a cabeça
envolta num capacete redondo
e transparente, através do
qual seu rosto era bem
visível. Já a roupa que o
alienígena usava era
marrom
até a cintura, branca até os
joelhos e depois preta, como
se fosse uma espécie de
bota. Suas vestimentas
pareciam feitas de couro ou
algo similar, e tinham
várias rugas nas partes
correspondentes aos membros
e tórax. Os meninos ainda
notaram que havia uma caixa
grudada nas costas da
criatura, que era cor de
cobre. Depois de alguns
instantes, ele voltou para o
interior do UFO e este, por
sua vez, foi embora. Esse é
um caso bastante conhecido
da
Ufologia Brasileira,
pesquisado pelo veterano
Húlvio
Brandt
Aleixo, e nos remete a uma
indagação: os humanóides
alienígenas são como as
testemunhas os descrevem ou
estaríamos diante de uma
interpretação limitada pelo
nosso escasso conhecimento
de um fenómeno que parece
transcender a tudo o que
sabemos?
Pode ser, mas, de qualquer
forma, é importante que se
diga que todas as tentativas
de classificação buscam,
antes de qualquer coisa, um
padrão que sirva de
generalização. Talvez
devêssemos transcender a
classificação pelo aparente
aspecto físico dos seres e
buscar outras associações
que possam apresentar
indicadores novos e mais
confiáveis.
Classificação da tipologia
dos humanóides mais
frequentes registados. Alfa,
Beta, Gama,
Delta, Ómega e Sigma.
Imagem: INFA.
Sistemas
de comunicação — Dentro da
casuística envolvendo
encontros com tripulantes de
UFOs
há um elemento
bastante perturbador para a
testemunha. Trata-se da
tentativa de comunicação por
parte dos humanóides,
valendo-se de diferentes
métodos, sejam verbais,
gesticulados ou de outra
natureza – como telepática.
Se este factor é
complicador, o quadro fica
ainda mais complexo quando
se acrescentam a ele
aspectos inusitados. É
quando o
alien
transmite com clareza à
testemunha alguma mensagem
ou informação: “somos de
Marte”, “quero água”,
“voltaremos a procurá-lo”,
“estamos efectuando uma
missão na Terra”, e assim
por diante. Pode parecer
ficção, mas há um longo e
desconcertante rosário de
proposições, conselhos,
mensagens contraditórias,
pedidos e avisos que os
seres dão aos seus
interlocutores. Em certas
ocasiões, há profundas
mensagens nas quais exortam
a humanidade a buscar o
caminho da paz, da luz e a
se precaver quanto ao perigo
de uma guerra nuclear.
Quase sempre são discussões
filosóficas, mas há, ainda,
advertências relativas às
actividades humanas que os
seres extraterrestres
consideram inaceitável. Para
ilustrar esta situação,
podemos citar o Caso
Palhano,
investigado pelo também
co-editor de UFO Reginaldo
de
Athayde à equipe do
Centro de Pesquisas
Ufológicas (CPU), de
Fortaleza (CE). O
acontecimento envolveu o
policia
militar
Luiz de Oliveira e
seu amigo Pedro da Silva,
técnico em electrónica. Em
05 de Março de 1992, em
Palhano,
à 140 km de Fortaleza (CE),
os protagonistas tinham
saído da cidade para caçar
paturis
– uma espécie de pato
selvagem muito apreciado
naquela localidade. Por
volta das 18h00, ambos se
encontravam de
tocaia
à beira do Rio
Palhano,
observando o céu.
Subitamente, um UFO se
aproximou e Pedro correu
para o rio, jogando-se na
água, para depois se
esconder nos arbustos. Já
Luiz
correu em direcção à cidade
e foi perseguido pelo
objecto, que o atingiu com
uma luz que o puxou para seu
interior. Dentro do objecto,
um dos humanóides passou uma
mensagem desconcertante ao
abduzido: “Não tenha medo,
não vamos lhe fazer mal
algum. Somos de
Catandorius
Decnius.
Nossa civilização é
descendente de outra mais
evoluída, que habitou a
Terra há 353 mil anos”. E
advertiu sobre uma
actividade que os terrestres
estariam fazendo, que eles
repudiam: “Por que o
terrestre vem tentando
penetrar em nosso planeta?
Os seres de
Catandorius não vão
permitir que isso aconteça.
Nós temos um templo montado
aqui na Terra há milhares de
anos”. Nesse momento, o
estranho alienígena apontou
para uma pirâmide pequena,
dizendo que aquele era o
modelo de seu templo. O caso
é exótico, é verdade, mas a
idoneidade das testemunhas
foi amplamente
checada
e até o oficial superior de
Luiz
de Oliveira confirmou sua
honestidade. O comportamento
do fenómeno é sempre
estranho, e forçosamente
repetido até a exaustão em
toda a história
contemporânea do Fenómeno
UFO. E o fim é quase sempre
o mesmo. Na maioria das
vezes, depois de terem
assombrado o pobre humano
ali presente com um suposto
diálogo, seja por telepatia,
alguma linguagem inteligível
ou em nosso próprio idioma,
tranquilamente os
ETs
voltam para alguma nave
luminosa e desaparecem no
céu, deixando os terrestres
deslumbrados ante tal
experiência. Em alguns
casos, também deixam uma
mensagem infantil ou
imprópria para as
testemunhas. Ainda assim,
com relação aos principais
tipos de comunicação
registados na casuística
mundial, podemos
classificá-los em cinco
categorias distintas:
Diálogos no idioma da
testemunha — Estes são casos
em que houve uma comunicação
plena, oral e em nosso
idioma entre
ETs
e seres humanos. A
implicação desse tipo de
comunicação é que se
pressupõe que os humanóides
são bastante similares a
nós, pelo menos em parte de
sua anatomia biológica. Para
falar, o tripulante teria
que ter uma língua
semelhante, cordas vocais,
dentes, certas cavidades em
seu aparelho respiratório,
das cordas vocais à boca, e
produzir sinais vocálicos
dentro da frequência
auditiva do humano. E há
vários exemplos desses
casos. No dia 16 de Maio de
1979, na cidade de
Baependi (MG), o
agricultor Arlindo Gabriel
dos Santos saiu com uns
amigos para caçar. Quando se
encontravam a cerca de seis
quilómetros de distância da
sede de sua fazenda,
decidiram se separar.
Sozinho, Arlindo viu três
objectos voadores estranhos
pousarem e sumirem
inexplicavelmente. Logo em
seguida, um quarto objecto –
bem maior que os primeiros e
de formato ovóide – pousou à
sua frente. Uma porta se
abriu, dois seres o
capturaram e levaram-no para
o interior da nave. Os
ETs
eram bem parecidos convosco.
Dentro do UFO, Arlindo foi
abordado por uma moça loira
e de rosto rosado. Segundo
descreveu, essa criatura
aparentemente fêmea começou
a explicar detalhes de sua
civilização, a forma com que
eles conseguiam vencer as
distâncias astronómicas e
outras várias informações
que, infelizmente, o
pesquisador
Ubirajara Rodrigues
não conseguiu resgatar nos
depoimentos de Arlindo,
devido à sua limitação
cultural. Arlindo não
entendeu nada do que se
passou e não se interessou
em perguntar para a criatura
o que não conseguia
compreender. Em seguida, foi
levado para fora da nave e
os seres ainda lhe avisaram:
“proteja a vista, que o
aparelho a condena”. O
interessante é que Arlindo
não conseguiu olhar para
trás, pois ele se sentia
preso por algo.
Diálogos em idioma
desconhecido — Estes são
casos em que houve uma
comunicação ininteligível,
oral e em idioma
desconhecido. A princípio,
podemos pensar que a
implicação dessa categoria é
a mesma da anterior. No
entanto, sendo um idioma
desconhecido e inteligível,
não sabemos quais
as
qualidades e características
dos fonemas que são usados
e, assim, se os sons
produzidos requeriam que
tais seres tivessem uma
similaridade anatómica
connosco, como foi discutido
no caso anterior. Mas também
nessa categoria de contacto
temos muitos casos
interessantes. Um deles
aconteceu em 27 de Abril de
1998, por volta das 20h00,
na Fazenda Olho
d’Água,
cerca de sete quilómetros do
município de Aurora (CE). O
casal de agricultores
Ursulina e Francisco
Ferreira dos Santos,
residente na propriedade,
acordou com um barulho que
parecia ser de alguém
tentando forçar o cercado,
situado na parte de trás da
casa. Imediatamente,
Francisco tratou de sair
para ver o que estava
acontecendo, enquanto
Ursulina ficou ao pé
da cama rezando.
De repente, a mulher ouviu
um som que parecia ser de
rádio quando está fora de
sintonia e, logo em seguida,
uma luz extremamente intensa
e de cor azulada invadiu o
quarto. Chocada, olhou em
direcção à porta e lá estava
uma criatura desconhecida. O
ser tinha cerca de 1,5 m de
altura, cabeça enorme e
desproporcional ao resto do
corpo, ombros largos,
cintura fina, olhos grandes
e negros. Sua boca era bem
pequena e sem lábios. Tinha
também
reduzidas marcas
escuras que pareciam ser o
nariz. Seu queixo era
pequeno e nenhum tipo de
cabelo ou pêlo foi
observado. Segundo o
ufólogo
Athayde,
já citado,
Ursulina descreveu
que a criatura estava
vestida com uma espécie de
macacão de cor
marrom,
cinto e botas. Mas o que
mais lhe chamou a atenção
era seu olhar: muito derreto
e penetrante. Apesar do
estado de terror, a
agricultora conseguiu
perguntar para a criatura
quem era e o que desejava.
Inusitadamente, teve como
resposta um som
ininteligível, algo num
idioma desconhecido. Não
aguentando a situação,
Ursulina gritou para
o marido socorrê-la, mas o
ser já havia desaparecido.
Comunicação com grunhidos —
Há casos em que se
estabelece uma comunicação
incompreensível, oral ou com
sons estranhos associáveis a
grunhidos. Eles sequer
parecem ser um idioma
propriamente dito. A
implicação dessas
ocorrências é
idêntica
a
da categoria anterior. Um
exemplo interessante é o
ocorrido na madrugada do dia
23 de Julho de 1968, com o
vigilante da Companhia
Eléctrica de São Paulo,
subestação de Bauru,
Daildo
de Oliveira. A testemunha
percebeu que havia alguns
homens próximos ao
escritório técnico da
empresa e tentou se
aproximar sem que
percebessem. No entanto,
acabou ficando frente a
frente com um ser estranho
encapuzado. A criatura
pronunciou uns grunhidos e,
em seguida, entrou numa
violenta briga corporal com
Daildo.
Em poucos instantes, mais
dois seres se envolveram na
luta e acabaram vencendo,
deixando a vítima sem
resistência. Após terem
surrado o vigia, as
criaturas o ajudaram a se
levantar, dando-lhe
palmadinhas amistosos
nas costas, e deixaram que
fosse embora. Contou o
falecido
ufólogo
Walter
Karl
Bühler,
da extinta Sociedade
Brasileira de Estudos sobre
Discos Voadores (SBEDV), que
pesquisou o caso, que
Daildo
ainda pôde observar um UFO
com forma de furgão
Volkswagen, porém tendo
cerca de 10 m de base,
recolhendo os seres e
alçando voo. O objecto
disparou em direcção à
cidade vizinha, Lins. Na
época, o vigia foi
entrevistado até por
autoridades militares de
Bauru. Um caso de luta
corporal com
ETs
pode parecer alucinação, mas
o fato foi exemplarmente
investigado e é mundialmente
conhecido. Ainda assim,
antes de prosseguirmos, fica
um questionamento a respeito
desse contacto. A partir do
momento que estamos lidando
com um tipo de comunicação
ininteligível de procedência
extraterrestre, temos
realmente condições de
distinguir o que poderia ser
um tipo de dialecto
estranho, porém inteligente,
de algo que simplesmente
parece grunhido? Essa
dúvida, ainda sem resposta,
é apenas um exemplo de como
estamos lidando com
elementos inseguros em
avaliações do género – e
isso é parte da confusa e
intrincada natureza do
Fenómeno UFO. Na verdade,
sabemos que os grunhidos
também são exemplos de
comunicação, embora pobres
em conteúdo e fonemas, se
comparados com um dialecto
inteligente. As baleias, por
exemplo, se utilizam de sons
que têm um conteúdo de
comunicação específico, mas
que estão longe de ser uma
linguagem. Logo, mesmo com
grunhidos há um nível de
comunicação e não apenas uma
emissão sonora aleatória.
Comunicação por gesticulação
—
Existem casos em que se
verifica uma aparente
comunicação através de
gestos, por parte dos seres
extraterrestres. Nesta
categoria de acontecimentos,
a implicação que se vê é
interessante. Ela supõe que
os nossos sinais e
linguagens corporais são
absolutamente compreensíveis
para os
aliens e, como se não
fosse o bastante, são usados
por eles tal qual nós usamos
entre nós. Isso nos remete a
um universo de simbolismos
comuns entre humanos e os
nossos misteriosos
visitantes. Vejamos um caso
a seguir. Por volta da 01h00
do dia 15 de Outubro de
1957, o agricultor
brasileiro
Antônio
Villas-Boas, hoje falecido,
estava arando a fazenda de
sua família, situada em São
Francisco de
Salles
(MG), quando, subitamente,
um UFO oval pousou a poucos
metros do tractor que
pilotava.
Villas-Boas tentou escapar
correndo, mas foi logo
dominado por vários
tripulantes do UFO e levado
à força para bordo. Suas
roupas foram tiradas e os
seres passaram um líquido
oleoso em todo seu corpo.
Logo em seguida, tiraram
amostras de seu sangue
através de um dispositivo
colocado em seu queixo. O
homem foi deixado em uma
sala sozinho, na qual,
poucos minutos depois,
entrou uma mulher nua de
cabelos loiros, com olhos
finos e azuis. Ambos
mantiveram relações sexuais,
o primeiro caso mundial do
género de que se tem
notícia. O fato foi
amplamente investigado pelo
médico e
ufólogo
Olavo Fontes e classificado
pelo estudioso inglês
Gordon
Creighton como “o
mais estranho de todos os
casos”. Após o ato, a mulher
apontou para sua própria
barriga e depois para o céu,
gesticulando quais eram suas
intenções. Villas-Boas
entendeu que iria ter um
filho com ela, que nasceria
em outro planeta. O rapaz
foi depois deixado próximo
do tractor, por volta das
05h30 daquele mesmo dia. O
Caso Villas-Boas é um
clássico da casuística
brasileira e teve uma enorme
repercussão em todo o mundo.
Comunicação telepática —
Várias testemunhas descrevam
situações nas quais é
possível ouvir os humanóides
sem que seja mencionada
palavra alguma ou que sequer
mexam a boca. É uma espécie
de telepatia, algum tipo de
comunicação mental. Quem
passa por esse processo diz
que percebe sensações,
palavras e imagens em sua
cabeça, sem que haja
aparente esforço de sua
parte e, obviamente, sem sua
vontade pessoal. Este tipo
de comunicação é muito comum
nos casos das chamadas
abduções alienígenas. Neste
ponto da casuística há uma
interessante intersecção
entre
Ufologia e
parapsicologia, que se ocupa
de estudar os mecanismos da
telepatia. No dia 16 de
junjo de 1956, o advogado
João de Freitas Guimarães
foi para São Sebastião (SP)
a serviço. No entanto, como
o fórum da cidade estava
fechado, ele se hospedou num
hotel. À noite, pôs-se a
passear pela praia e avistou
um UFO no mar, que vinha na
sua
direção. O objecto
pousou na praia e dois
homens iguais a nós saíram
de seu interior. Estes
humanóides eram altos,
pálidos, tinham cabelos
louros, olhos claros e
pareciam serenos. Usavam uma
espécie de macacão verde que
se estreitava na altura do
pescoço, dos punhos e dos
tornozelos. Através de
telepatia, os seres
humanóides convidaram o
advogado a entrar na nave.
Guimarães acabou viajando
com os seres no UFO. O
advogado percebeu que havia
água nas janelas da nave e
perguntou se era chuva. Um
dos seres lhe respondeu
telepaticamente que aquela
água era proveniente da
“rotação em sentido
contrário das peças que
compunham a nave”. Os
humanóides informaram ainda
que a nave “era conduzida no
sentido da resultante da
composição das forças
magnéticas naquele lugar”.
Depois de um tempo, que a
testemunha estimou em torno
de 30 a 40 minutos, o UFO
pousou novamente na praia e
deixou o advogado no local.
Antes disso, um novo
encontro foi marcado para o
dia 12 de Agosto do ano
seguinte. Mas Guimarães
preferiu não comparecer ao
mesmo. O caso também foi
investigado pelo doutor
Bühler,
da citada SBEDV. Como se vê
nestes exemplos, é possível
perceber que há inúmeras
variantes na fenomenologia
ufológica. Se
buscarmos associar a
oralidade (comunicação) e as
formas (anatomia) dos seres,
veremos que é impossível
estabelecer um padrão
preciso que indique sua
origem. Por exemplo, os
seres do tipo Beta,
anatomicamente muito
parecidos convosco, utilizam
a comunicação oral, tal como
no Caso
Baependi. Também há
na casuística registos de
uso da comunicação
telepática, como no Caso
Freitas Guimarães. Da mesma
forma, há registos dos seres
tipo Alfa usando a
comunicação telepática nas
abduções alienígenas, assim
como emitindo uma aparente
linguagem oral em idioma
desconhecido, tal como no
Caso
Ursulina e Francisco.
O Fenómeno UFO é,
indiscutivelmente, uma
gigantesca pluralidade de
manifestações que culminam
num imenso quebra-cabeças.
Comportamento — Tal qual o
Fenómeno UFO como um todo,
analisar o comportamento dos
humanóides é algo bastante
complicado, dada a
estranheza e aparente
ilógica da casuística. Se
estamos realmente sendo
visitados por uma ou mais
civilizações
extraterrestres, por que não
há um contacto oficial? Em
1968, buscando uma
perspectiva para a questão,
a Academia da Força Aérea
dos Estados Unidos forneceu
alguns parâmetros para seus
cadetes. “Nós podemos ser
objecto de estudo
sociológico e psicológico
intensivo. Em tais estudos,
em geral se evita perturbar
o ambiente do objecto de
teste”, dizia uma parte do
documento fornecido aos
alunos. O mesmo texto, a
seguir, fazia uma estranha
comparação: “Não se entra em
contacto com uma colónia de
formigas, e os humanos podem
parecer assim para qualquer
alienígena”. Ainda de acordo
com os parâmetros da mesma,
tal contacto já poderia ter
acontecido secretamente.
“Ele pode ter se registado
num plano diferente de
consciência e ainda não
somos sensíveis para
comunicação em tal ponto”,
consta do documento, obtido
com muito esforço, ainda em
1968, pelo major Donald G.
Carpenter, do
Departamento de Física da
Academia. Tal material foi
posteriormente publicado na
obra "Objectos Voadores Não
Identificados, Ciência
Introdutória do Espaço", e
evidentemente desmentido
pelas autoridades em
seguida. Sejam quais forem
as razões, a falta de
contacto formal resulta, num
primeiro momento, numa
característica
desconcertante do fenómeno.
Por que as inteligências por
trás dos
UFOs
optam pela clandestinidade?
Não sabemos quem são, de
onde vêm e, principalmente,
quais são seus motivos. Sem
que existam essas respostas
básicas para essas questões,
nos deparamos com inúmeros
contactos espalhados pelos
quatro cantos do planeta,
nos quais não temos
condições de observar
qualquer ordenamento lógico.
A princípio, podemos tentar
avaliar o comportamento dos
supostos humanóides dentro
do que conseguimos catalogar
na pesquisa civil, e buscar
associações que nos possam
apresentar indicadores
importantes. Com relação ao
comportamento dos humanóides
alienígenas em contactos com
humanos, podemos distinguir
basicamente cinco categorias
distintas:
Hostil -
Quando os visitantes
perpetram um possível
confronto ou acarretam
quaisquer danos à
integridade física das
testemunhas de forma
aparentemente intencional,
verificamos o que pode ser
considerado um comportamento
hostil, segundo nossos
critérios. É o caso ocorrido
em 13 de Agosto de 1967, na
cidade de
Crixás
(GO), com o agricultor
Inácio de
Souza.
Ele retornava para sua
fazenda, juntamente com sua
esposa, quando percebeu um
enorme objecto
discóide pousado na
pista de aterragem da
propriedade, perto da casa.
Junto ao objecto havia o que
ele descreveu como “três
crianças que pareciam vestir
uma malha colante ao corpo”,
ou a roupa era amarela ou
estariam nus. Inácio foi em
direcção das crianças e logo
percebeu que não se tratavam
de seres humanos normais – o
ufólogo
Claudeir Covo os
classifica como humanóides
do tipo Alfa. Um dos seres
percebeu o casal, apontou
para os demais em sua
direcção e os três começaram
a correr para as
testemunhas. Assustado,
Inácio mandou sua esposa ir
para casa enquanto tirava
sua espingarda
Winchester calibre
44, que carregava no ombro,
desferindo um tiro preciso
no ser que estava mais
próximo, a uma distância que
estimou em cerca de 60 m. A
criatura caiu no chão no
mesmo instante em que foi
baleada. No momento do tiro,
o UFO lançou um feixe de luz
verde, atingindo Inácio no
ombro esquerdo, que perdeu
as forças e caiu ao chão.
Sua esposa voltou correndo
com o intuito de proteger o
marido desacordado. Ela
também pegou a arma, mas
quando apontou para os
seres, que haviam levantado
o que fora atingido por
Inácio, eles o carregavam
para dentro do disco e
sumiram.
A nave subiu verticalmente
emitindo um zumbido. Não
foram encontradas marcas de
sangue no local e Inácio
morreu 59 dias depois do
incidente, com sintomas de
leucemia aguda. O Caso
Crixás,
pesquisado pelo citado
ufólogo
Aleixo, é um clássico da
Ufologia Brasileira e
dá margens para concluir que
o comportamento hostil dos
humanóides possivelmente foi
motivado pelo tiro disparado
por Inácio. Seria um
comportamento hostil
estimulado, uma reacção a
algo. E na mesma categoria
de hostilidades não podemos
nos esquecer das abduções
alienígenas, mas estas não
são reacções a estímulo
algum. A abdução é sempre
uma violência, pois consiste
na captura de pessoas contra
suas vontades, e os seres
extraterrestres as submetem
a uma série de exames de
carácter, aparentemente,
médico a bordo da nave,
muitas vezes dolorosos.
Independentemente dos
motivos de tais
procedimentos – sejam eles
benéficos ou maléficos para
nossa humanidade, ainda que
a
Ufologia não tenha
explicação para eles –, o
ato de raptar em si é uma
violência. E normalmente
ocorre deixando os abduzidos
completamente aterrorizados.
Alguns acabam carregando
traumas emocionais pelo
resto da vida, como ónus das
dramáticas experiências que
viveram durante o processo.
Amigável
- Comportamento onde
os humanóides se aproximam
das testemunhas e interagem
com as mesmas, mantendo uma
situação amistosa e de
respeito. Em 23 de
julho
de 1947, na Colónia
Goio-Bang, em
Pitanga, Estado do Paraná, o
agrónomo José C.
Higgins
realizava trabalhos de
agrimensura no campo, quando
um enorme objecto
discóide aterrou a
uns 50 metros de distância.
Os operários que o
acompanhavam fugiram, porém
Higgins
resolveu ficar para ver o
que acontecia. Aproximou-se
para examinar melhor o
objecto, quando saíram dele
três indivíduos que se
postaram à sua volta.
Vestiam macacões
transparentes que cobriam
todo corpo, inclusive a
cabeça. Nas costas, levavam
uma mochila de metal. No
entanto era perceptível que
os seres tinham grandes
olhos redondos e bastante
estranhos. Suas cabeças eram
grandes, redondas e calvas.
As pernas eram mais
compridas do que as
proporções que conhecemos e
teriam uns 2,1 m de altura.
Dentro do UFO havia um
quarto humanóide observando.
Todos pareciam gémeos. Os
seres falavam entre si numa
língua bonita e sonora.
Moviam-se com incrível
agilidade e leveza. Um
deles, que trazia um pequeno
tubo de metal apontado para
José
Higgins, fez gestos
indicando que entrasse no
aparelho. Por meio de
palavras e gestos,
Higgins
perguntou para onde queriam
leva-lo. Um deles fez sete
círculos concêntricos no
chão, mostrou o Sol e
apontou para o sétimo
círculo e, depois, para o
aparelho. Espantado,
Higgins
pensou em sair dali. Nisso,
tirou sua carteira do bolso
e mostrou o retrato de sua
esposa aos humanóides,
dizendo-lhes por gestos e
palavras que queria
buscá-la. Eles permitiram e
Higgins,
afastando-se, escondeu-se
num mato próximo para
observar. Os seres brincavam
como crianças, dando saltos
e atirando longe pedras de
enorme tamanho. Cerca de
meia hora depois, olharam
detidamente os arredores e,
por fim, entraram no UFO,
que alçou voo verticalmente.
Benevolente
-
Comportamento onde há uma
clara interacção entre os
humanóides e as testemunhas,
resultando em algum tipo de
benefício para a segunda. Um
relatório de acuidade
visual, datado de 30 de
Agosto de 1976, não deixava
dúvidas: a jovem
Dirce
(pseudónimo), então com nove
anos de idade, era portadora
de reumatismo infeccioso.
Assustados, os pais da jovem
menina a levaram para outra
clínica. A conclusão foi que
a visão de ambos os olhos
tinha apenas 6% da visão
normal. O exame de fundo de
olho, fotografado em slides,
indicava uma aparente
degeneração da mácula, que
poderia ser do tipo cística
(inicial), ou
distrofia
viteliforme da mácula
(doença de
Best).
Um dos médicos também falou
em neurite
trobulbar. O fato é
que tinha sua capacidade
visual altamente
comprometida. Numa
determinada noite, às 19h00,
numa data que se estima ser
pouco depois de 04 de
Novembro de 1976, foi levar
comida para o cachorro no
quintal. Subitamente entrou
correndo em casa, muito
pálida. Segundo
Dirce,
quando começou a tratar do
cão, olhou para o fundo do
quintal, que era muito
escuro, e viu um ser de
cerca de dois metros de
altura, usando uma espécie
de capacete e um macacão
muito
justo. Ele tinha
olhos extremamente escuros,
com dois buracos. Outro
buraco ocupava o lugar da
boca. Carregava uma arma
apontada para ela e andava
lentamente. Quando chegou
à cerca
de um metro de distância de
Dirce,
o alien
accionou o botão que tinha
no peito e, nesse instante,
a visão de
Dirce
obscureceu. Quando recuperou
a visão, o ser estava de
costas, caminhando novamente
para o fundo do quintal, de
onde viera. O inusitado é
que a visão de
Dirce
foi curada
inexplicavelmente, conforme
atesta o
laudo
do cirurgião oftalmologista
doutor Tadeu
Cvintal:
"Angiofluoresceinografia
Retiniana. Tempos
principais AO (ambos os
olhos), em 05 de Agosto de
1982.
Angiograma normal" –
a visão de
Dirce
estava curada.
Indiferente
-
Comportamento onde a
presença de testemunhas
parece não ter qualquer
importância para os
humanóides e suas
actividades. Às margens de
um afluente do Rio Negro, na
Amazónia, a senhora Luzia
Nascimento de
Moraes
teve um avistamento de um
ser estranho no quintal e
dentro de sua casa. Vale
ressaltar que o famoso
fenómeno Chupa-Chupa é
bastante comum naquela
região. A própria testemunha
relata o evento: "Eram cerca
de 23h00. Eu estava na
cozinha quando vi uma forte
luz no mato, que se
aproximava rapidamente. Tive
muito medo! Em seguida
surgiu inexplicavelmente um
homem, que logo foi entrando
em minha casa". O humanóide
descrito por Luzia era
baixo, magro, forte e
aparentava uns 30 anos. O
ser passou por ela
rapidamente, aparentando não
dar importância à sua
presença. Após passar pela
senhora, a estranha criatura
subiu pelo telhado de sua
casa, de onde foi possível
ouvir um barulho semelhante
ao de uma máquina de
costura. Nesse momento,
Luzia e seu marido saíram da
casa para observar o que
estava acontecendo. E viram
que o humanóide entrou num
UFO branco e brilhante que
estava acima de seu telhado.
Aparentemente havia um outro
"homem" dentro do objecto,
pois o casal conseguiu
observá-lo pelo que parecia
ser uma janela. Logo em
seguida, o UFO desapareceu
inexplicavelmente.
Arredio
- Comportamento onde
a presença de testemunhas
parece perturbar os
humanóides, a ponto dos
mesmos empreenderem uma
atitude de aparente fuga.
Num certo dia do ano de
1983, por volta das 20h30,
em Minas Gerais, o lavrador
Joaquim
Antonio
Luiz
retornava à sua casa de
bicicleta, que fica em uma
fazenda fora da cidade. Em
uma curva, avistou o que
pensou ser uma moça toda
vestida de branco, usando
uma saia curta e blusa. Seus
cabelos eram cheios e
loiros, e tinha pele clara.
Joaquim se sentiu atraído
pela mulher, que tinha um
corpo muito bonito, com
pernas grossas, e resolveu
parar a bicicleta para
abordá-la. "E daí?" – foi o
que Joaquim pronunciou ao
parar em frente da "moça"
(uma interpelação que, para
o povo mineiro, expressa um
convite à garota para uma
aproximação mais íntima). A
jovem permaneceu em
silêncio, virou-se de
costas, inclinando o corpo
para frente e levantando os
braços para acima da cabeça.
Em seguida, deu um salto,
desprendendo-se do chão, e
voou livremente. Sua saia
ondulava como se estivesse
sendo tocada pelo vento. Em
poucos segundo, a enigmática
garota tinha voado uma
distância de mais de 500 m,
passando a ser somente um
ponto branco na noite
escura. Joaquim ficou tão
apavorado que quando chegou
na fazendo mal pôde dormir.
Ao que tudo indica, a
contingência que determina o
comportamento dos humanóides
está ligada, basicamente, à
actividade que ele esteja
desempenhando no momento
específico de cada contacto
individualmente. Actividade
essa que ainda é um
mistério. O fenómeno se
manifesta com inúmeras
nuances de difícil
assimilação e que parece
ilógico aos nossos padrões.
Sem dúvida, tudo o que se
relaciona à manifestação do
fenómeno UFO transcende
nossa capacidade de
entendimento. No entanto, há
um aparente padrão na
associação entre o
comportamento e forma
anatómica, e que já foi
detectado há bastante tempo
na
Ufologia: os seres
tipo "Alfa", na maioria
esmagadora das vezes, são
relatados como sendo as
principais criaturas
envolvidas nas abduções. Mas
também há registos de seres
do tipo "BETA", como também
a presença de várias
entidades de anatomias
diferenciadas envolvidas
numa mesma abdução. De
qualquer forma, o enorme
registo dos seres de tipo
"Alfa" nas abduções
alienígenas fazem com que
eles sejam reconhecidos como
os
principais protagonistas
desse comportamento.
Uma característica do
fenómeno que é digno de nota
é a paralisação das
testemunhas. É muito
comum
relatos de que as
testemunhas ficaram
absolutamente paralisadas
diante do fenómeno, seja de
humanóides ou dos
UFOs.
Mas é importante salientar
que tal comportamento não
representa necessariamente
algo de cunho hostil ou
agressor. Na verdade,
levando-se em conta que
todos os variados tipos de
supostos "ocupantes de
UFOs"
evitam um contacto mais
efectivo convosco, a
paralisação das testemunhas
pode ser apenas uma medida
de segurança para evitar
qualquer acção que coloque
em risco a segurança dos
humanóides e – porque
não ?
– das
testemunhas. Assim como pode
ser um instrumento de coação
dos humanóides, como no caso
das abduções: paralisada, a
testemunha fica
completamente passiva e sem
condições de apresentar
qualquer resistência aos
seus raptores. O fato é que
sabemos muito pouco ou quase
nada sobre os humanóides e
suas actividades. Outras
abordagens podem trazer
novos importantes
indicadores.
Novas formas de
classificações – O Centro de
Investigação de
UFOs
(CUFOS), órgão
norte-americano que já foi
presidida pelo professor
Allen
Hynek,
criou um sistema denominado
"Humanoid
Study
Group",
pela qual se pode
classificar os humanóides em
cinco categorias distintas,
conforme sua associação com
os UFOs:
Associação explícita
-
Entidade humanóide observado
no interior de um UFO
através de janelas, portas
ou outras aberturas. Na
Serra da Beleza (RJ), num
dia de Maio, no final dos
anos 60, o senhor Alípio
Lauriano avistou, na
porta de sua casa por volta
das 11h00, viu um objecto em
forma de disco, um pouco
menor que um veículo tipo
pequeno, evoluindo a cerca
de 400 m de onde se
encontrava, bem acima de uma
plantação de milho. Segundo
a testemunha, o objecto
emitia um ruído semelhante
ao produzido por uma moto,
só que mais acelerado e
baixo, por cerca de cinco
minutos. O senhor Alípio
conseguiu divisar o que
parecia ser janelas, por
onde pôde reconhecer a
presença de uma ou mais
criaturas no interior do
UFO. O objecto acabou
desaparecendo em direcção à
localidade de são José do
Turvo, deixando um aparente
rastro de fumaça, que logo
se dissipou.
Associação directa
-
Observação de entidade
humanóide que entra e sai de
um UFO. Durante a Operação
Prato, o Coronel
Uyrangê
Soares Nogueira de
Hollanda Lima obteve
um relato de uma experiência
bastante inusitada.
Luis,
um rapaz que trabalhava
apanhando barro para uma
olaria de propriedade de
Paulo
Keuffer, montou
acampamento em cima de uma
árvore, a beira do Rio
Jarí
(rio limítrofe do Estado do
Pará e Território do Amapá –
nasce na serra de
Tumucumaque e
deságua
no Amazonas), com o intuito
de caçar uma
paca.
Num dado momento, um OVNI
parou sobre ele e abriu uma
espécie de porta. Dessa
abertura desceu um foco de
luz intenso e dela surgiu um
ser que parecia descer
flutuando com os braços
abertos. Chocado,
Luis
pulou da árvore e se
escondeu no meio da
vegetação. A criatura tinha
um dispositivo na mão que
emitia uma luz vermelha e
que, aparentemente, a usava
para examinar o acampamento
que
Luis tinha feito na
árvore. Logo em seguida, a
criatura apontou a luz
vermelha directamente para
Luis,
deixando claro que sabia
onde ele estava escondido.
Luis
ficou mais assustado ainda e
saiu correndo pela margem do
rio, tropeçando em troncos e
raízes. O ser acabou
voltando para dentro da nave
e esta, por sua vez, voltou
a se movimentar e foi
embora.
Associação deduzida
-
Observação de entidade
humanóide fora de um UFO. Em
uma noite
enluarada, entre
Junho e Julho de 1972, o
lavrador João Alves
Sobrinho, residente em
Quebra-Perna,
município de
Jequitibá, a 10 km ao
norte de
Baldim
(MG), observou um aparelho
um pouco maior que uma
Kombi,
de altura desta e com as
bordas "despontadas". Era
branco, tinha um farol –
então apagado – na frente e,
visto de perfil, parecia um
barco com dois pequenos vãos
rectangulares, lembrando
janelinhas, próximos à sua
base, que parecia tocar no
solo. À medida que se
aproximava do objecto,
percebeu dois seres
humanóides de pequena
estatura, agachados, de
costas para ele e mexendo no
solo. João Alves passou por
eles, a uma distância de
cinco metros, e não chegou
ver suas faces. Eles vestiam
uma espécie de capa larga,
clara, sobre o qual
sobressaía uma
cabeleira escura que atingia
a cintura. João Alves
apressou o passo e chegou em
sua casa. Logo depois,
voltou para o local e não
viu mais os seres e o
objecto; no entanto,
avistou, à baixa altura, o
UFO voando horizontalmente,
distanciando-se rumo a
oeste.
Associação suposta
-
Observação de entidade
humanóide que não está
directamente relacionada com
a observação de UFO, mas se
manifesta em local de
reconhecida grande
actividade
ufológica. Na noite
do dia 21 de
abril
de 1996, no restaurante
Paiquerê, instalado
em meio ao horto do Jardim
Zoológico de
Varginha (MG), estava
acontecendo uma festa de
aniversário de um secretário
municipal de
Varginha. Nesta festa
estava presente a senhora
Terezinha
Clept,
que saiu para a varanda do
restaurante e teve um
encontro insólito. Era por
volta das 21h00 e
Terezinha avistou uma
criatura no parapeito – o
que só possibilitou
observá-la do pescoço para
cima. O ser era
marrom
escuro, brilhante, tinha a
pele oleosa, o rosto
redondo, não tinha
bochechas, nem barba e nem
bigode ou nariz e, no lugar
dos lábios, havia apenas o
que parecia ser um pequeno
corte. Apesar da escuridão,
Terezinha pôde
observar os detalhes porque
os enormes olhos vermelhos
da criatura emitiam
luminescência "como se
fossem faróis traseiros de
carro". O sul de Minas
Gerais é considerado uma
zona de grande actividade
ufológica e, só para
exemplificar, três meses
antes do avistamento de
Terezinha
Clept,
em Janeiro de 1996,
aconteceu um dos mais
famosos e importantes casos
ocorridos em solo
brasileiro: O Caso
Varginha.
Não associados
-
Observação de entidade
humanóide sem que exista
qualquer actividade ou
manifestação UFO aparente.
Na década de 50, em
Santanésia, interior
do Rio de Janeiro, a jovem
Lucy
Gallucci teve um
encontro estranho com uma
criatura humanóide.
Lucy
costumava sair após o almoço
sempre carregando seus
livros. Ela dedica suas
tardes à leitura em uma das
margens de um dos lagos
criados pela barragem de uma
usina
hidroelétrica. E numa
dessas tardes, acabou se
deparando com um homem
estranho. Ele trajava
vestimenta branca, bem
ajustada ao corpo e emendada
nos sapatos. Sua testa era
muito ampla, mas não por
calvície. O cabelo era liso,
ralo e tendendo para o
branco. As orelhas eram um
pouco pontudas e sem
lóbulos. O nariz era muito
afilado, com orifícios um
pouco para cima. Os olhos
impressionavam pela cor
indefinível – entre o
amarelo e o castanho,
parecendo reflectir o verde
da vegetação. Não tinha
sobrancelhas e nem pestanas.
Sua voz era grossa. A
criatura humanóide deu
várias informações para
Lucy,
entre os quais um relato de
ter havido uma colonização
na Terra por seres de outros
mundos. Depois o humanóide
se afastou e desapareceu.
Lucy
Gallucci não avistou
qualquer UFO, assim como
demorou bastante tempo para
concluir que se tratava de
uma experiência
possivelmente de cunho
ufológico. Como é
perceptível, a pesquisa do
Humanoid
Study
Group
formula uma maneira não
convencional de tentar
estudar e classificar os
humanóides. Diante de um
fenómeno que parece
transcender tudo o que
conhecemos, mais
pesquisadores deveriam se
dedicar a estudar essa
questão com novas e
originais formas de
classificação e associação –
num esforço de tentar
avançar nosso conhecimento
em tão polémico assunto.
Afinal, o fenómeno
humanóide, os supostos
extraterrestres "ocupantes
de UFOs",
ainda é uma incógnita total.
Quem são eles? De onde vêm?
O que desejam? Talvez um dia
nossos próprios visitantes
misteriosos resolvam se
revelar e, assim, teremos
respostas para as nossas
importantes perguntas.
Testemunha: factor crítico
na análise de casos
ufológicos
-
Os principais estudos na
área da
Ufologia são baseados
nos testemunhos de pessoas
que foram supostamente
protagonistas de
experiências com naves de
origem extraterrestre – e
não é diferente em se
tratando de buscar uma
classificação da tipologia
humanóide. Sendo assim, a
testemunha passa a ter
importância fundamental para
toda e qualquer investigação
da casuística, merecendo
atenção especial. Num
primeiro momento, o grande
esforço dos pesquisadores
para tentar validar e
classificar a casuística
passava por uma averiguação,
se as testemunhas padeciam
de alguma doença mental, se
ansiavam pela fama ou
necessitavam de dinheiro. Se
esses três elementos não
estivessem interferindo
directamente em seu relato,
ele seria considerado
autêntico. Mas com o passar
do tempo, os
ufólogos perceberam
que estes fundamentos não
eram suficientes para se
classificar os relatos das
testemunhas, pois, além da
estabilidade mental e de
suas intenções, percebeu-se
que outras variáveis
interferiam directamente em
seus relatos. Os moldes
culturais em que vivem, seus
valores e meio. Deve-se ter
em vista que, salvo um
eremita, ninguém é
completamente refractário à
satisfação que a fama
produz. Qualquer ser humano
que seja alheio ao
entusiasmo, à especulação,
ao medo e à fantasia é, sem
dúvida, uma pessoa fora da
normalidade, de acordo com a
média da população. Assim,
fica a questão: é realmente
possível haver qualquer
relato
ufológico isento de
distorção? Não, realmente
não existe. Então, cabe ao
pesquisador
ufológico estudar
essas possíveis variáveis
para que fique habilitado a
“filtrar”
o
melhor possível
estas
aberrações.
Variáveis importantes
-
Para tentar entender um
pouco estas possíveis
distorções que um caso
ufológico sofre,
desde o momento em que
acontece efectivamente até
quando fica modelado na
descrição de uma testemunha,
muitas variáveis precisam
ser conhecidas. A observação
de um UFO tem acção directa
e indirecta sobre a
percepção da testemunha,
física e psicologicamente.
Por exemplo, ela tem
incapacidade para ver cores
infravermelhas ou para
perceber sons ultra-sónicos.
Assim, podemos afirmar que o
que apreendemos no ato do
avistamento está
directamente relacionado com
as limitações de nossos
órgãos sensoriais. E para se
somar a essas limitações
estão as variáveis
circunstanciais do fato:
localização da testemunha,
possíveis obstruções de seu
campo visual, seu estado de
ânimo, cansaço ou sono e,
principalmente, suas
deficiências oculares e
auditivas. Tendo todas essas
variáveis agindo
directamente na percepção de
um caso
ufológico, podemos
afirmar que o evento é, na
verdade, um avistamento
percebido e não um
avistamento de fato, e que
pode ser bem diferente do
fenómeno efectivamente
manifestado. O avistamento
percebido é aprendido e
sofre, inevitavelmente, uma
filtragem pela bagagem
cultural e mental da
testemunha, constituída
pelas suas crenças, tabus e
hábitos de racionalismo. Por
exemplo, uma pessoa que more
na selva africana tende a
equiparar o objecto
observado com elementos
extraídos do seu habitat
natural, enquanto que uma
testemunha de um país
desenvolvido o compara com
símbolos do seu universo
técnico. Uma testemunha
determinada pode chamar de
paus ao que a outra chamaria
de pés articulados. Alguém
pode fazer comparações com
materiais rudimentares –
“parecia um tronco voador” –
e outros com símbolos mais
modernos – “parecia um
foguete”. Também, de acordo
com as disposições mentais
da testemunha no ato do
avistamento, ela pode
prender sua atenção no
conjunto do avistamento,
enquanto outra pode ser
atraída por algumas partes
isoladas do conjunto.
Tudo isso faz com que o
avistamento percebido sofra
novas distorções ao ser
aprendido pela testemunha e
se transforme em um
avistamento interiorizado.
Esse evento também sofre
modificações de acordo com a
transmissão dos elementos
relativos ao fato em si,
desde a ausência de
vocabulário apropriado por
parte da testemunha até o
“recolhimento” deste
conteúdo por um outro meio
de comunicação. Não é a
mesma coisa uma declaração
de uma pessoa acostumada a
utilizar expressões mais ou
menos científicas, ou
cultas, que a de uma pessoa
limitada pela sua situação
cultural e de vocabulário
simples e escasso. Da mesma
forma, não é a mesma coisa
que a declaração seja
gravada em fita cassete e
publicada, do que se é
escrita por um divulgador
sensacionalista e publicada
com ênfase em alguns poucos
aspectos – geralmente as
partes mais misteriosas e
subjugantes do evento. A
contemplação de todo o
processo pelo qual uma
ocorrência chega a ser
divulgada pela imprensa –
aqui já denominado de
avistamento descrito –, nos
leva necessariamente a uma
constatação de suma
importância: não podemos
conceber que o que lemos ou
conhecemos de um avistamento
ufológico é um
registo fiel do fenómeno em
si. Na verdade, estamos
lidando com uma observação,
sua interpretação e
consecutiva descrição,
impregnada de distorções de
um fenómeno avistado. Isso
não representa questionar a
honestidade da testemunha.
Para melhor compreensão,
vamos ilustrar o que foi
aqui colocado com um exemplo
da casuística de nosso país.
No chamado Caso
Bete
e Débora, registado no livro
Sequestros Alienígenas
-
Investigando
Ufologia com e sem
Hipnose, de Mário Rangel (Coleção
Biblioteca UFO, código LV-07),
os testemunhos das
envolvidas foram
concordantes. No entanto,
como o próprio Rangel
comentou, houve pequenas
diferenças que não
comprometem a validade do
caso.
Bete descreveu a luz
do UFO como sendo branca,
enquanto Débora relatou-a
como sendo de cor alaranjada
e coberta de névoa. Também
há uma pequena diferença de
formato nos desenhos que
ambas fizeram do objecto
observado. Tudo isso pode
ser justificado, em parte,
pelo impacto emocional que
as testemunhas sofreram ao
se depararem com um fenómeno
dessa magnitude, ao foco de
atenção que cada uma teve
individualmente, seus
conteúdos internos etc. Com
essas variáveis actuando,
podem acontecer aberrações
no avistamento percebido (a
observação), no avistamento
interiorizado (a
interpretação) e no
avistamento descrito (a
descrição) por cada uma das
testemunhas em separado,
resultando em algumas
narrativas diferenciadas de
um mesmo fenómeno observado.
Autor: Reinaldo
Stabolito