(02): "Os Manuscritos do Mar Morto:
Antes da descoberta dos Rolos do Mar
Morto, os manuscritos mais antigos
das Escrituras Hebraicas datavam da
época do nono e do décimo século da
era cristã. Havia muitas dúvidas se,
se podia mesmo confiar nesses
manuscritos como cópias fiéis de
manuscritos mais antigos, visto que
a escrita das Escrituras Hebraicas
fora completada bem mais de mil anos
antes. Mas o Professor
Julio
Trebolle
Barrera,
membro da equipe internacional de
editores dos Rolos do Mar Morto,
declarou: "O Rolo de Isaías (de
Qumran)
fornece prova irrefutável de que a
transmissão do texto bíblico,
durante um período de mais de mil
anos pelas mãos de copistas judeus,
foi extremamente "fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por
Barrera
trata-se de uma peça com 7 metros de
comprimento, em aramaico, contendo o
inteiro livro de Isaías.
Diferentemente deste rolo, a maioria
deles é constituída apenas por
fragmentos, com menos de um décimo
de qualquer dos livros. Os livros
bíblicos mais populares em
Qumran
eram os Salmos (36 exemplares),
Deuteronómio
(29 exemplares) e Isaías (21
exemplares). Estes são também os
livros mais frequentemente citados
nas Escrituras Gregas Cristãs:
Embora os rolos demonstrem que a
Bíblia não sofreu mudanças
fundamentais, eles também revelam,
até certo ponto, que havia versões
diferentes dos textos bíblicos
hebraicos usadas pelos judeus no
período do Segundo Templo, cada uma
com as suas próprias variações. Nem
todos os rolos são idênticos ao
texto
massorético na grafia e na
fraseologia. Alguns se aproximam
mais da
Septuaginta grega.
Anteriormente, os eruditos achavam
que as diferenças na
Septuaginta
talvez resultassem de erros ou mesmo
de invenções deliberadas do
tradutor. Agora, os rolos revelam
que muitas das diferenças realmente
se deviam a variações no texto
hebraico. Isto talvez explique
alguns dos casos em que os primeiros
cristãos citavam textos das
Escrituras Hebraicas usando
fraseologia diferente do texto
massorético.
— Êxodo 1:5; Actos 7:14. Assim, este
tesouro de rolos e fragmentos
bíblicos fornece uma excelente base
para o estudo da transmissão do
texto bíblico hebraico. Os Rolos do
Mar Morto confirmaram o valor tanto
da Septuaginta
como do
Pentateuco samaritano para a
comparação textual. Os rolos que
descrevem as normas e as crenças da
seita de Qumran
tornam bem claro que não havia
apenas uma forma de judaísmo no
tempo de Jesus. A seita de
Qumran
tinha tradições diferentes daquelas
dos fariseus e dos saduceus. É
provável que essas diferenças tenham
levado a seita a se retirar para o
ermo. Eles se encaravam como
cumprindo Isaías 40:3 a respeito
duma voz no ermo para tornar recta a
estrada de YHWH. Diversos fragmentos
de rolos mencionam o Messias, cuja
vinda era encarada como iminente
pelos autores deles. Isso é de
interesse especial por causa do
comentário de Lucas, de que “o povo
estava em expectativa” da vinda do
Messias. - Lucas 3:15. Os Rolos do
Mar Morto ajudam até certo ponto a
compreender o contexto da vida
judaica no tempo em que Jesus
pregava. Fornecem informações
comparativas para o estudo do
hebraico antigo e do texto da
Bíblia. Mas o texto de muitos dos
Rolos do Mar Morto ainda exige uma
análise mais de perto. Portanto, é
possível que haja mais revelações.
Deveras, a maior descoberta
arqueológica do século XX continua a
empolgar tanto eruditos como
estudantes da Bíblia”.
Parece que os viajantes do espaço
costumavam escolher para aterrarem
cinco pontos principais: Arménia,
Egipto, deserto
de Gobi,
Hiperbóreas
e Atlântica, representando estes
últimos pontos, muito provavelmente,
o continente norte-americano, tanto
os Estados Unidos como o México e o
Peru. Parece que terá havido, mais
tarde, uma guerra terrível e
desastrosa entre os da Atlântida e
os do deserto de
Gobi,
que se tinham propagado por toda a
Ásia do Sul e por todas as ilhas dos
oceanos Índico e Pacífico, e que
tinham construído o “Império de
Mu”
(03). Atlântida e Um ter-se-ia
entregado a uma série de combates
mortais, com armas atómicas, que
teriam destruído um bom número de
habitantes e devastado as terras. É,
sobretudo, nos grandes poemas da
Índia védica que encontramos ecos
dessas lutas, e também na mitologia
grega, onde nos contam a grande
guerra dos “Titãs contra os Deuses”
(04). Aeronaves, bombas
termonucleares, cogumelos atómicos,
destruição, irradiação, mutações,
tudo aí se encontra. Um “atomiza” a
Atlântida; a Atlântida bombardeia
Um; daí resultam dois desertos: o de
Gobi e o
da Califórnia – Nevada. Quanto aos
desgastes invisíveis, talvez um dia
os cientistas os descubram no fundo
dos oceanos.
(03): “Império de
Mu: Num
tempo milenar, a Terra de
Mu
avançou e desenvolveu o império em
constante progresso. Contudo, como
foi dito antes na Grande Profecia,
Secromicon,
o Continente de
Mu sucumbiu em um esmagador
caos. Os Grandes Líderes que um dia
haviam controlado o Continente de
Mu agora
se encontram decaídos, e o governo
central; devido à disputa interna e
à hostilidade entre senhores feudais
sedentos de poder, levou o reino
distante, assim como o império, à
desagregação. O milénio de paz e
generosidade consiste agora numa
mera memória, e uma mancha escura de
sangue agora cobre a terra. As
ruínas da guerra devastaram a terra
que foi uma vez linda, e o
derramamento de sangue ainda não tem
fim. Mesmo agora, os mesquinhos
senhores feudais eternamente
constroem suas máquinas de guerra e
futilmente tentam restabelecer o que
já foi um dia. E foi durante esse
tempo de derramamento de sangue sem
fim que os Portões do Inferno foram
abertos e as cegas ambições de um
homem tolo o levaram a perdição.
Antonias
um Lorde tolo, cego pela ambição,
foi iludido pela malvada Feiticeira
Lemulia,
intencionalmente não libertando
Kundun,
o Demónio da Escuridão, um demónio
dificilmente confinado pelo Lacre de
Etramu.
"Agora essa terra será minha de
novo. Eu bani a Paz para sempre...
o Sol não
mais irá brilhar. Essa terra será
minha, e os astutos homens serão
meus escravos e rebanho."
O antigo demónio
Kundun,
despertado de seu longo e inquieto
sono, agora caminha entre os vivos,
definhando a terra com seu toque.
Entre o caos, as estrelas perderam o
seu curso, e o fedor do medo e
sangue permeia por toda parte.
Kundun
lançou pela terra seu ódio e
vingança pelo longo congelamento. Em
pouco tempo, a agora desamparada
terra de Mu
se transformou em lar para os servos
de Kundun,
e por 2 longos anos, o mal do seu
reinado encardiu tudo aquilo que uma
vez foi puro. O Dia do Pesadelo, uma
passagem na Grande Profecia, se
realizou e deixou de ser somente
meras palavras de dias passados.
Homens sábios iniciaram seus estudos
novamente e esperançosos e
ardentemente referidos ao raio de
luz mencionado nas escrituras da
profecia. Suas últimas esperanças se
atribuem ao poder do lacre de
Etramu,
o grande lacre que manteve o
aprisionamento de
Kundun.
Em 8 partes o lacre foi dispersado e
somente quando o lacre for reunido
inteiro, a paz deverá retornar uma
vez mais à terra.”
(04): Titãs contra os Deuses. Fonte:
Wikipédia,
a enciclopédia livre.
Na mitologia grega, os Titãs –
masculino – e
Titânides – feminino
- estão
entre a série de deuses que
enfrentaram Zeus e os deuses
olímpicos na sua ascensão ao poder.
Outros oponentes foram os Gigantes,
Tífão e
Ofion.
Dos vários poemas gregos da idade
clássica sobre a guerra entre os
deuses e os Titãs, apenas um
sobreviveu. Trata-se da Teogonia
atribuída a
Hesíodo. Também o ensaio
Sobre a música atribuído a Plutarco,
menciona de passagem um poema épico
perdido intitulado
Titanomaquia
("Guerra dos Titãs") e atribuído ao
bardo trácio cego
Tamiris,
por sua vez um personagem lendário.
Além disso, os Titãs desempenharam
um papel importante nos poemas
atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas
se conservem fragmentos dos relatos
órficos, estes revelam diferenças
interessantes em relação à tradição
hesiódica.
Os mitos gregos da
Titanomaquia
caem na classe dos mitos semelhantes
na Europa e Médio Oriente, em que
uma geração ou grupo de deuses
confronta os dominantes. Por vezes
os deuses maiores são derrotados.
Outras os rebeldes perdem, e são
afastados totalmente do poder ou
ainda incorporados no panteão.
Outros exemplos seriam as guerras
dos Aesir
com os Vanir
e os Jotunos
na mitologia escandinava, o épico
Enuma
Elish
babilónico, a narração
hitita
do "Reino do Céu" e o obscuro
conflito geracional dos fragmentos
ugaritas.
O Livro da Revelação cristão também
descreve uma "Guerra no Céu".
A Lemúria
(05) e a
Atlântida , talvez tivessem
existido e talvez estejam afundadas
sob as águas do Pacífico e do
Atlântico. Mas se existiram, porquê
esta guerra absurda? Talvez porque
esses seres “superiores” tinham
degenerado moral e espiritualmente,
e porque tinham chegado ao ponto em
que se encontrava a nossa actual
era, brandindo a ameaça dos raios
termonucleares. Outras suposições
têm sido feitas: conquistadores,
vindos de planetas diferentes,
ter-se-iam defrontado no nosso
planeta, e talvez os adversários se
tivessem aniquilado mutuamente.
Sendo assim, de onde teriam vindo?
de Marte
? de
Vénus? … E os sobreviventes, se os
houve, o que foi feito deles? Será
que estes, em parte cruzados com os
habitantes da Terra, ignoram a sua
origem?
A lenda conta que alguns Atlantes
(06) vivem ainda na cratera sábia do
Monte Xasta.
Mas alguns ocultistas evocam de
preferência os “Senhores do Mundo”,
sob os Himalaias, habitando a cidade
a cidade subterrânea e tão
misteriosa de
Agartha (07). Alguns
pretendem conhecer a cidade e ter
encontrado um ou outro dos seus
poderosos habitantes. No seu célebre
livro “O Rei do Mundo”,
René
Guénon
conta-nos que, depois do cataclismo
da região de
Gobi, os detentores do
Conhecimento, os filhos das
inteligências do Exterior tinham-se
instalado num imenso sistema de
cavernas, sob os Himalaias. Aí,
separaram-se em dois grupos,
seguindo um “o caminho da mão
direita”, e o
outro “o
caminho da mão esquerda”. Os que
seguiram o primeiro caminho teriam a
sua capital em
Agartha; o outro em
Schamballá
(08). Agartha
seria um local de contemplação, uma
Cidade do Bem;
Schamballá seria a cidade da
violência, do poder; A Cidade do
Mal, cujas forças más comandam os
elementos e as massas humanas,
trazendo-lhes, como toda a
explicação dualista, a sua força
equilibradora, tal como o dia traz a
noite, como o calor cede o lugar ao
frio. Agartha
estende as suas ramificações tanto
sob os continentes, como sob os
oceanos, estabelecendo comunicações
invisíveis entre todas as regiões da
terra. “O Rei do Mundo” tem um tal
poder psíquico, que conhece as
ideias, as intenções de todos
aqueles que exercem uma autoridade
sobre os seres humanos da
superfície. Pode ajudá-los, ou
levantar diante deles obstáculos,
segundo considere as suas intenções
boas ou más. Como é, antes de mais,
um contemplativo, preferindo a
não-participação nos tumultos
do mundo exterior, não intervém
senão raramente, deixando a nossa
pobre humanidade sob as más
influências de
Schamballá. Uma tradição
bastante antiga afirma que o seu
santuário subterrâneo se encontra
próximo de
Urumtsi, capital do
Sinquião,
sobre uma linha de emergência das
correntes telúricas.
(05): Lemúria:
Ao longo do século XIX, os
seguidores das teorias de Madame
Blavatsky,
em sua Doutrina Secreta passaram a
acreditar numa versão diferente da
História do Mundo que encontrava
respaldo na teoria geológica do
Catastrófico anteriormente referida.
Esses indivíduos defendiam que a
raça humana havia passado por quatro
estágios pré-evolutivos, se
encontrando no quinto estágio.
Embora algumas raças do quarto
estágio (e, portanto, menos
evoluídas) ainda coabitassem com as
do quinto estágio. Para esses
teosóficos, a quarta raça seria
muito semelhante à quinta e teria
habitado principalmente em
Atlântida. A terceira raça, contudo,
seria bem diferente e, tendo
habitado a
Lemúria, teria esqueleto
cartilaginoso, três olhos (sendo um
na nuca, hoje atrofiado, tendo dado
origem à glândula pituitária (actualmente
conhecida como hipófise), mãe dos
poderes paranormais de tal raça que,
contudo, seria muito belicista e
muito desenvolvimento intelectual).
A segunda raça teria sido
semi-etérea e a primeira raça não
seria tangível, sendo feita de éter,
no sentido metafísico da palavra. O
principal seguidor de
Blavatsky
e maior propagador dessas histórias
sobre a Lemúria
foi W. Scott
Eliott,
em seu livro Lendas de Atlântida e
Lemúria.
(06): Atlantes: A
análise, cada vez mais apurada das
escrituras antigas e as contínuas
revelações das ciências
antropológica, arqueológica e
outras, têm fortalecido a ideia de
que outra humanidade ou mais de uma
antecederam a actual antes, de serem
completamente aniquiladas por
cataclismos globais e/ou regionais.
As descrições de ao menos uma destas
civilizações (a mais recente)
mostram notáveis similaridades com o
mundo contemporâneo, especialmente
no aspecto tecnológico. Os
pesquisadores concordam que, muito
possivelmente, essa misteriosa
civilização foi desenvolvida pelos
legendários Atlantes. Ainda segundo
as escrituras antigas, a cultura
Atlante era muito mais centrada no
espírito que as sociedades actuais.
Também foi uma civilização visitada
por extraterrestres com quem
estabeleceram uma aliança de
cooperação com inteligências
alienígenas que pode ainda estar
vigorando como um "Directório
Oculto". Hoje, os pesquisadores têm
evidências suficientes para
demonstrar que os governos Tem algo
a esconder e que os
Ovnis
são reais. Ao que parece, a
Atlântida mantinha uma relação
avançada com os visitantes. O
trabalho intitulado Deus e
Astronautas do Antigo Oriente, de W.
Raymond
Drake,
proporciona
uma perspectiva cultural a nível
mundial de cooperação humana e
interacção extraterrestre na
história antiga. Os dados históricos
apresentados por
Drake
vêm de diversas civilizações como
Índia, Suméria, Tibete, Japão,
Egipto, Israel e Mesopotâmia. Na
Índia, vários poderes conhecidos
como siddhis
são atribuídos aos seres cósmicos,
extraterrestres (humanóides Védicos)
que visitaram a Terra em passado
recuado e são frequentemente
mencionados nos Vedas. Os vedas
consistem de vários tipos de textos,
todos datando aos tempos antigos. O
núcleo é formado pelos
Mantras
que representam hinos, orações,
encantamentos, mágicas e fórmulas
rituais, encantos etc. Os hinos e
orações são endereçados a uma grande
quantidade de deuses (e algumas
deusas), dos quais importantes
membros são
Rudra,
Varuna,
Indra,
Agni etc. Os
mantras
são suplementados por textos
relativos aos rituais sacrificiais
nos quais esses
mantras são utilizados e
também textos explorando os aspectos
filosóficos da tradição ritual,
narrativas etc. Os
mantras
são coleccionados em antologias
chamadas de
Samhitas. Existem quatro
Samhitas:
Rk
(poesia), Sāman
(música), Yajus
(oração), e
Atharvan (um tipo de
sacerdote). Refere-se normalmente a
eles como
Rigveda,
Samaveda,
Iajurveda,
e Atarvaveda
respectivamente. Cada
Samhita
é preservado em um número de versões
(shakhas),
sendo que as diferenças entre elas
são mínimas, excepto no caso do
Iajurveda,
onde as duas
versões "brancas" (shukla)
contém somente os
mantras,
enquanto as quatro versões "negras"
(krishna)
entremearam os brâmanes junto aos
mantras.
O Rigveda
contém a mais antiga parte dos
textos, e consiste de 1028 hinos. O
Samaveda
é mais um arranjo do
Rigveda
para música. O
Iajurveda dá orações
sacrificiais e o
Atarvaveda
dá encantos, encantamentos e
fórmulas mágicas. Separadamente
destes, há alguns materiais
seculares perdidos e lendas. A
próxima categoria de textos são os
brâmanas.
Estes são textos rituais que
descrevem em detalhes os sacrifícios
nos quais os
Mantras eram usados, como
também comentam o significado do
ritual sacrificial. Os brâmanes são
associados com um dos
Samhitas.
Os brâmanas
podem formar ou textos separados,
ou, no caso do
Iajurveda "Negro", podem ser
parcialmente integrados no texto do
Samhita.
O mais importante dos brâmanes é o
brâmane
Shatapatha do
Iajurveda
"Branco". Os
Aranyakas e os
Upanixades
são trabalhos teológicos e
filosóficos. Geralmente formam parte
dos brâmanes (como o
Upanixade
Brhadaranyaka).
São a base da escola de
Vedanta
de Darsana
(07): Agartha:
Entre as raças da humanidade, desde
o alvorecer dos tempos, existe a
tradição de uma terra sagrada ou
paraíso terrestre, onde os mais
elevados ideais da humanidade são
realidades vivas. Este conceito é
encontrado nos escritos mais antigos
e nas tradições dos povos da Europa,
Ásia Menor, China, Índia, Egipto e
Américas. Esta terra sagrada poderia
ser conhecida por pessoas
merecedoras, puras e inocentes,
razão pela qual constitui o tema
central dos sonhos da infância. O
caminho para essa terra abençoada,
este mundo invisível, domínio
esotérico e oculto, constitui a
motivação principal e a
chave-mestra
de ensinamentos misteriosos e
sistemas de iniciação. Essa chave
mágica é o Abre-te, Sésamo!
que
destranca as portas de um mundo novo
e maravilhoso. Os antigos
Rosacruzes
a designavam pela palavra
vitriol,
combinação das primeiras letras da
frase vista
interiora
terrae
retificando
invenes
omnia
lapidem, para indicar que "no
interior da Terra está oculto o
verdadeiro mistério". O caminho que
conduz a este mundo oculto seria o
da iniciação. Na Grécia antiga, nos
Mistérios de
Elêusis e pelo Oráculo de
Delfos, esta terra celestial era
chamada de Monte Olimpo e de Campos
Elísios. Também nos tempos védicos
primitivos era chamada por vários
nomes, tais como
Ratnasanu
(pico da pedra preciosa),
Hermadri
(montanha de ouro) e Monte
Meru,
lar dos deuses no Hinduísmo. A
compilação dos
Eddas, textos islandeses
referentes à mitologia nórdica,
também menciona esta cidade
celestial, que ficava na terra de
Asar,
dos povos da Mesopotâmia, terra de
Amenti
do Livro Sagrado dos Mortos, dos
antigos egípcios, a cidade das Sete
Pétalas de
Vixnu e a Cidade dos Sete
Reis de Edom,
ou Éden da tradição do judaísmo. Em
outras palavras, o paraíso
terrestre. Os persas denominam-na
Alberdi
ou Aryana,
terra dos seus ancestrais. Os
hebreus chamam-na
Canaã e
os mexicanos
Tula ou
Tolan, enquanto os astecas
chamavam-na de
Maya-Pan. Os conquistadores
espanhóis que vieram para a América
acreditavam na existência de tal
cidade e organizaram muitas
expedições para procurá-la,
chamando-a de
El
Dorado, Eldorado, ou "Cidade
do Ouro". Provavelmente souberam a
seu respeito pelos aborígenes que a
a ela se
referiam como
Manoa ou "Cidade Cujo Rei se
Veste com Roupas de Ouro". Para os
celtas, esta terra sagrada era
conhecida como "Terra dos
Mistérios",
Duat ou
Dananda. Uma tradição chinesa
fala de uma Terra de
Chivin
ou Cidade das Doze Serpentes. Na
Idade Média estava associada à Ilha
de Avalon
(a) e à saga dos Cavaleiros da
Távola
Redonda, que, sob a liderança do Rei
Arthur e
a orientação do mago
Merlin,
empreendiam a busca do Graal ou
Cálice Sagrado, símbolo da
obediência, da justiça e da
imortalidade, e que teria sido usado
na última ceia de Jesus com os
apóstolos e, após a crucifixão,
contido o sangue do "golpe de
misericórdia" dado pelo soldado
Longino
e guardado pelo devoto José de
Arimatéia.
(a): Ilha de
Avalon:
Quando, em 1191, os monges do
mosteiro de
Glastonbury encontraram a
suposta sepultura do Rei Artur no
cimo de um pequeno monte que dantes
se encontrava circundado de água,
disseram ser este o local da mítica
e pagã Avalon.
Na sepultura foram encontrados dois
corpos, um de um homem de idade
média anormalmente grande
(supostamente Artur) e de uma mulher
(supostamente
Guinevere). A inscrição no
túmulo dizia: "Aqui jaz enterrado na
Ilha de Avalon
o conhecido Rei Artur". O mosteiro
de Glastonbury
tinha a tradição de ter sido fundado
por José de
Arimatéia, que alegadamente
tinha trazido o Santo Graal para as
Ilhas Britânicas e por isso era um
lugar ligado à mística do Graal. Em
quase todas as versões o reino da
magia e da religião antiga,
Avalon
ou Ynys
Wyndryn,
é localizada
na região de
Glanstonbury,
Somerset.
A não mitológica
Avalon
era um cidade
ou uma ilha (em algumas opiniões) em
que os segredos da religião dos
antigos deuses era passado de druida
para druida, já que os druidas não
podiam escrever seu conhecimento.
Alguns chamam também esta cidade do
conhecimento dos deuses pagãos
antigos de Ynys
Mon.
Todavia, é importante ressaltar que
a Ynys
Wydryn
real não é a mesma coisa que
Avalon
que se situava bem ao norte do
antigo reino de
Powys no século V.
A ocultista russa Helena
Petrovna
Blavatsky,
que apresenta ao ocidente farto e
rico material filosófico das escolas
orientais no final do século XIX,
associa
Shambhala a um destino
escatológico: seria o berço do
Messias que apareceria para libertar
a Terra antes do fim do
Kali
Yuga, ou
ciclo de destruição de
mundos.
Tal reino seria mencionado nos
Puranas,
colecção atribuída ao
Vyâsa
("compilador")
Krishna
Dwaipâya, autor do grande
épico hindu
Mahabharata,
sânsc.
Mahābhārata.
Em toda a Ásia Menor, não somente no
passado, mas também hoje,
acredita-se na existência de uma
cidade de mistério, cheia de
maravilhas, conhecida como
Shambhala,
ou Shamb-Allah,
ou, entre os povos tibetano e
mongol, Erdami.
Na China, no panteão do
taoismo,
é considerada a residência da Mãe
Sagrada do Oeste, que o budismo
chinês depois associa a
Kuan
Yin ou
Guan
Yin, e o
japonês a
Kannon, divindade da
misericórdia, advinda da
representação indiana original de
Avalokiteshvara,
"O que olha para baixo" (em socorro
dos seres),
Cherenzig no Tibete. O
explorador
polonês
Ferdinand
Ossendovski,
no início do séc. XX, refere-se ao
reino de
Agartha, crença provavelmente
inspirada na cidade mitológica de
Shambhala,
como um reino habitado por milhões
de indivíduos, governados por
Rigden
Jyepo (tib.),
soberano ou rei do mundo. No livro
Bestas, Homens e Deuses,
Ossendovski,
que ouviu várias histórias ao viajar
pela Ásia Central, faz referências a
Agartha,
mostrando que o povo oriental crê em
tal fato, especialmente os
tibetanos, mongóis e chineses. Toda
a natureza se calaria para louvar o
rei do mundo em suas manifestações
no plano físico.
No final do século XIX, o marquês
Saint-Yves
D'Alveydre
viajou pela Índia e arredores e
ouviu relatos semelhantes, que
registou na obra Missão da Índia.